sábado, 3 de setembro de 2011

Dicas de quem já leu.








        Joaquim Maria Machado de Assis, cronista, contista, dramaturgo, jornalista, poeta, novelista, romancista, crítico e ensaísta é considerado o maior escritor brasileiro. Inaugurou em nosso país, um realismo psicológico sem precedentes nem continuadores, ao mesmo temp que anunciou a modernidade literária em obras que até hoje se mantêm novas.
         O livro Memórias póstumas de Brás Cubas é narrado em primeira pessoa, Brás Cubas coloca-se como um “defunto autor” o que lhe permite narrar a história com total liberdade e até mesmo, ser irônico ao analisar o comportamento humano. Na verdade, sua morte devia-se mais a uma idéia que ele considerava muito útil e a transformou em realidade; a criação de um medicamento anti-hipocondríaco para aliviar a melancolia humana. No entanto, quando já estava do outro lado do mundo, confessou que o real motivo era ver seu nome em todas caixinhas e fontes publicitárias.
        Brás Cubas foi uma criança cheia de mimos e que aprontava muito, principalmente com seus escravos e todas suas travessuras tinham o consentimento de seu pai. Passado o período escolar, Brás apaixona- se e envolve com uma prostituta espanhola; seu pai, preocupado com esse envolvimento, manda-o para Coimbra. Apesar de não ter sido bom estudante, Brás conseguiu seu diploma e voltou ao Rio de Janeiro, por ocasião da morte de sua mãe. 
        Passados alguns dias, o pai de Brás sobe a chácara para tentar levá-lo para casa, tendo dois projetos para o filho: a candidatura a deputado e o casamento com uma moça chamada Virgília. Ao voltar à cidade, disposto a aceitar as duas vontades do pai, Brás começa a namorar Virgília e candidata-se a deputado. Algum tempo depois de seu noivado, surge Lobo Neves que lhe rouba Virgília e a candidatura. O pai não resiste ao fracasso do filho e morre.
        Então faz-se a partilha dos bens entre Brás e sua irmã Sabina. Nessa mesma época, um primo de Virgília conta-lhe que ela estava retornando à cidade com seu marido. Após alguns encontros, Brás é convidado por Lobo Neves a freqüentar sua casa, o que reaproxima Brás e Virgília tornando –os amantes.Porém, essa situação não demora muito, pois Lobo Neves é novamente nomeado presidente do partido e desta vez, parte então para o interior do país, levando consigo a esposa. Brás procura distrair-se e esquecer a separação.
         Anos se passam e, já no fim da vida, Brás Cubas percebe que não realizou nada de realmente importante, mas finaliza suas memórias afirmando que deixa a vida com um saldo positivo: por não ter tido filhos, não transmitiu a ninguém o legado da miséria humana!
        O mais importante da obra Memórias Póstumas de Brás Cubas certamente não é o enredo e sim a linguagem utilizada por Machado de Assis. A denúncia tácita da sociedade, por meio da leve ironia e humor, o que atrai o leitor, instigando-o a descobrir o começo de tudo. Um livro diferente que tem uma história interessantíssima e que vale a pena ler.

Camila Bedin - aluna do 2º ano 4.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Galera, agora está disponível a opção de fazer comentários anonimamente. Antes de comentar leia as recomendações:
• Palavrões, xingamentos e vários termos ofensivos não serão tolerados.
• Não queremos que você tenha a escrita de um jornalista. Mas evitar palavras muito abreviadas ou escritas incorretamente.